Foi assim a rota das linhas

O dia (o meu) começou às 4:30 h da manhã.

Bem mais cedo que o habitual, para viajar para um lugar diferente do habitual e para estar com pessoas cujo convívio habitual é apenas virtual.

Depois de me encontrar com a Maria (quem por aqui passa sabe que a nossa amizade é de longa data e não apenas virtual), partimos juntas para o aeroporto.

Apesar do atraso do avião, não ficou comprometido o cumprimento do horário estipulado, e já acompanhadas da Naná ( que viajou ainda de mais longe), chegámos à hora combinada à estação da Trindade onde nos encontrámos com a Ana e com a Raquel.

A rota iniciou-se na Ovelha Negra como previsto, onde fomos recebidas pela Joana com um sorriso rasgado.

Alguns minutos de conversa para nos conhecermos (apenas um bocadinho) e com os olhos a desviarem-se constantemente para as prateleiras recheadas de fios de todas as cores.

Foi a delicia das "viciadas" em crochet e tricot que trouxeram os sacos cheios de agulhas e novelos de várias cores.

Em jeito de turistas fomos percorrendo as ruas até à paragem seguinte, já acompanhadas da Maria José.

E se os meus olhos se prendem nas fachadas dos prédios a admirar as varandas e os azulejos coloridos já a Naná não passava sem fotografar os muitos grafitis espalhados pela cidade.

Depois foi a vez de invadirmos a Lopo Xavier e a Botonia e encontrar a Sara.

inda antes do almoço foi a vez de visitar a Riera Alta, onde a Cláudia nos recebeu também de sorriso rasgado e que abriu a porta da sua loja de propósito para nos receber no seu dia de folga.

Prateleiras repletas de tecidos, rendas, gregas, botões, agulhas....

Desta vez foi a vez das "viciadas" em costura saírem de sorriso nos lábios e as mãos cheias de sacos.

Um almoço descontraído e sem pressas mas sempre no timming estabelecido na perfeição pela Ana.


Mas nem só de retrosarias se fez a rota das linhas.

Depois de almoço houve ainda tempo para visitar a Livraria Lello, uma das rotas obrigatórias de todos os turistas e a Vida Portuguesa, onde nos podemos deliciar a recordar a nossa infância.

Mais uma loja cheia de rolos e rolos de tecidos de todas as cores e texturas é o Armazém do Linho.

Mais uns retalhos de tecido comprados para fazer o gosto às meninas da costura e lá seguimos caminho.

At last but not least, foi a vez de visitar a retrosaria das flores onde eu não consegui resistir às fitas bordadas.

O dia foi longo e o cansaço já se começava a instalar pelo que foi tempo de lanchar, de conversar mais um pouco e de fazer o gosto ao dedo.

Pouco depois passamos a atracções turísticas pois quem passava não ficava indiferente ao grupo que alegremente tricotava numa esplanada na rua das flores.

O texto já vai longo e as imagens foram difíceis de escolher.

E será que alguém conseguiu ler este post até ao fim, que foi (quase) tão longo quanto o nosso dia e não se limitou só a ver as imagens?


Mas tanto as palavras como as imagens visam especialmente retratar o quanto (falo pelo menos por mim) apesar de cansada, regressei de coração cheio.

E para quem desta vez não nos pôde acompanhar, parece que a rota das linhas vai continuar.

Durante todo o dia e sobre qualquer pretexto se ouviram comentários sobre onde seria a próxima rota das linhas...